27. O JANTAR DE MÁSCARAS
A viagem até Washington passou em silêncio. Deise mantinha os olhos fixos na janela do avião particular, tentando não pensar, tentando controlar a ansiedade que crescia em seu peito a cada minuto. Lucas, ao seu lado, não falou quase nada — o que, para ela, era um alívio. Quando aterrissaram, um carro preto os aguardava na pista, com vidros escuros e motorista de terno impecável. A viagem até a casa de campo dos Duarte levou pouco mais de trinta minutos.
Já passava das 18h quando os portões imponentes da propriedade se abriram. A fachada da casa parecia mais grandiosa sob o pôr do sol, com luzes quentes se acendendo pouco a pouco, dando ao ambiente um ar de refinamento — e, para Deise, de prisão dourada.
Lucas desceu primeiro e deu a volta no carro, abrindo a porta para ela como se fossem um casal apaixonado. Estendeu o braço, e mesmo que por dentro estivesse relutante, ela aceitou. Precisava manter as aparências.
Ele fez questão de entrar com ela de braços dados, exibindo um sorriso l