Mundo de ficçãoIniciar sessãoLuke
Ver a Marie depois de tanto tempo foi bom. Ruim foi descobrir que ela ainda se submete a um bosta como o Johny. Descobri algo terrível a respeito dele e tinha a intenção de dizer a ela, mas não podia me meter na vida particular. Mesmo que isso fosse ajudá-la. Marie e eu somos muito amigos, não quis ser tão invasivo. Durante esses três meses que viajei a trabalho vi Johny aos beijos com a própria cunhada. Mais de uma vez. Eles não faziam questão de esconder. A questão é que não tinha como provar. Vi ao longe, mas conheço o tipo de 'homem' que ele é. * Terminei de subir toda a papelada do escritório e fui ao estacionamento. Só então notei um chaveiro no meio do chão. Pelo pingente sabia perfeitamente de quem era. Marie. Afinal a distrai quando se preparava para ir embora. Entrei no carro e dei a partida. O lado ruim é que para devolver as chaves teria de ficar cara a cara com Johny que a essa hora com certeza estaria jogando vídeo game. Um molecão desse. Que para trabalhar não movia uma palha. Revirei os olhos. No meio do caminho meu celular vibrou. Provavelmente era Marie. Devia ter se dado conta da ausência das chaves. Espero que ela não esteja trancada para o lado de fora. Quando ia atender a ligação caiu. Achei estranho e acelerei. Talvez ela estivesse sozinha. Ou o babaca do Johny tenha visto que ela tentava falar comigo e desligou. Filho da p*ta. Já não fazia mais diferença. Estava em frente ao prédio. Senti um aperto no peito. Ela não está bem. Subi as escadas correndo. Parecia que a minha vida dependia disso. Até esqueci que ela mora no sétimo andar e tem elevador. * A cena que vi ainda me causava ódio. Muito ódio. Marie estava deitada no chão da sala em posição fetal e chorava como uma criança. O que esse idiota fez com ela? Espero que.. NÃO! ELE NÃO FEZ ISSO! -Luke, eu... -Deixe-me cuidar de você, por favor. A carreguei no colo até o quarto. Marie estava com a mesma roupa que trabalhou. Constatei ao colocá-la na cama. -Luke, o Johny não presta! Marie comentou aos prantos. Aquela informação não era nenhuma surpresa. Aquele cara é um cafajeste. Como pôde sair e deixá-la nesse estado? -Marie, me diz o que ele fez. Fechei as mãos em punhos. Seria capaz de matá-lo se o visse. Como ele ousa fazer minha amiga sofrer dessa maneira? -Luke... Ela começou a falar. -Ele me enganou. Nunca me senti tão humilhada. As lágrimas rolavam dos seus olhos com muita intensidade. Marie descobriu sobre a infidelidade do marido. Devia ter contado a ela. Agora me sinto um monstro. -Sinto muito. -Sei que o detestava, Luke... Comentou. -Isso não importa. Ele não me importa. Acariciei os cabelos dela que apenas encostou a cabeça no meu ombro. Ficamos em silêncio por pelo menos uns dez minutos. Detestava ver uma mulher tão segura e confiante daquele jeito. -Luke me tira daqui... Ela implorou. Disse a ela que tudo ficaria bem. Que cuidaria dela. * Já na estrada, Marie me contou o que aconteceu. Meu sangue ferveu. Precisei ter muito auto controle para não sair pelas ruas atrás desse traidor. Respirei fundo e me concentrei nos carros a frente. Não queria causar nenhum acidente. A noite havia sido agitada demais. -Tem certeza que a Phoebe não vai ligar? Já tem algum tempo... Ela perguntou preocupada. Phoebe e Marie não se falavam a quase um ano e meio. Tudo por intriga do Johny. -Minha irmã irá amar. Já falei com ela, está ansiosa para vê-la.






