POV JOSÉ EDUARDO
Tomei meu banho com calma. Deixei a água quente cair sobre minha pele. Eu não costumo tomar banhos assim, mas a adrenalina daquela noite era tanta que eu queria sentir alguma dor.Os pingos de água fervente batiam na pele e ardiam. Era algo… prazeroso.Ou talvez eu só quisesse me distrair das ideias que tomavam conta da minha mente. A fala do Bruno, lá no cafezal, expondo meus sentimentos pela Catarina, me deixou vulnerável.Será que era tão perceptível assim?Bruno sacou rápido, pelo visto.— Mas não, eu não quero apenas “comer” a Catarina. Ela não é uma vagabunda — murmurei.O que também era contraditório, pois só de pensar nela, meu “amigo” lá embaixo já ficava animado.Ok. Era uma mistura das duas coisas: a carne e o coração. Uma avalanche enorme de sentimentos prestes a me soterrar, se eu não fizesse nada.E o que eu deveria fazer?— Pega ela pra você, José — as palavras q