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POV CATARINA

Eu tentei recuar alguns passos, mas o corpo de José Eduardo me acompanhava.

Só que, a cada segundo que passava com os lábios dele nos meus, mais eu sentia um arrepio, um calor, uma fraqueza.

Era como se beijar José Eduardo fosse algo que eu tivesse precisado a vida toda, mas não soubesse. O encontro da boca dele na minha era como uma combustão que gerava uma chama intensa.

— Desculpa. Desculpa — disse ele, se afastando. — Eu vim aqui só… ah, deixa pra lá. Bobagem.

José Eduardo caminhava em direção à porta. Meu coração estava acelerado, me dizendo para não deixá-lo partir sem dizer o que eu tinha sentido.

Mas… será que eu deveria mesmo dizer o que sentia? José era inflamável. Poderia ser apenas fogo de palha.

E a Natália? Os dois não estavam juntos? Agora estava ali, me beijando.

Mas, meu Deus… pareceu tão sincero. Tão visceral aquele beijo. Doce.

Era agora ou nunca, Catarina.

— Não. Fica — falei num impulso que não pude conter.

Ele parou no meio do caminho. Estava de cost
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