Amélia largou tudo no Brasil para recomeçar do zero em um vilarejo à beira-mar na Itália. Com coragem e uma pitada de loucura, comprou uma casa de um euro, reformou os escombros com as próprias mãos e abriu um restaurante que logo se tornou o coração da comunidade. Entre panelas, vinho e madrugadas cansativas, ela redescobriu sua força, mas o que não esperava era cruzar o caminho de Oliver, o que começa como uma amizade regada a vinho e risadas vira algo mais profundo. Destino – Itália é uma história sobre recomeços, pertencimento, e a descoberta de que o amor também pode ser uma forma de lar.
Leer más
Quando contei aos meus pais que iria abandonar meu país, comprar uma casa de um euro e restaurá-la lógico que me olharam como se tivesse nascido um terceiro braço, uma garota de 25 anos que nem se que tinha passaporte até aquele momento querendo ir embora? Sim eu deveria ser doida e foi no ápice da minha loucura, que trabalhei horas extras no restaurante, tirei meu passaporte, fiz aulas de italiano, me inscrevi no programa da casa de um euro e quando enfim fui aprovada comprei minhas passagens me despedi de minha família e embarquei no que seria a decisão mais insana de toda a minha vida, entretanto aqui estou eu a um ano e meio morando em um pequeno vilarejo a beira mar, onde restaurei a minha tão sonhada casa a transformei em um restaurante e estou a um passo de começar a restauração da próxima, nem em um milhão de anos a Amélia de 15 anos iria acreditar que a de 26 conseguiria um feito desses.
- Boa tarde George – digo entrando na cozinha carregada com hortaliças
- Bom tarde chefa – Ele estava finalizando o mise in place para o serviço de hoje a noite.
- Já que estamos todos adiantados por aqui vou na adega separar os vinhos, algo me diz que hoje a noite será movimentada, tem muitas pessoas de férias por aqui essa semana.
- Nem me fale, esse começo de ano está uma loucura.
- Felicidade para nosso bônus – brinquei
- Ainda bem que minha chefe é muito legal - ele estava rindo.
Revirei os olhos deixando a cozinha.
Nenhum de nós tínhamos mais que trinta anos no restaurante e assim como eu, eram jovens que tinham saído de deus países para viver um sonho e por isso o clima entre nós mesmo em meio as discussões era da família. Todos estávamos animados para noite de hoje, pois apesar do grande fluxo trabalhávamos menos, a cozinha fechava as 9:00 e após isso iniciava nossa noite de bebida livre, cliente pagavam uma taxa, bebiam à vontade ouvindo boa música durante toda noite, fizemos alguns testes ao decorrer dos meses até que enfim decidimos fixar e tornar uma tradição no restaurante. Muitas dessas noites até nós do setor da cozinha nos permitíamos aproveitar.
.................................................................................................................................................
A música alta estava tocando, em minha mão uma taça cheia de vinho, assim como tínhamos imaginado mais cedo o restaurante estava cheio, eu como outros estava dançando animadamente, era o acordo entre nós, uma semana cada setor aproveitava e essa era a semana da cozinha, depois de algumas horas eu estava suada e minhas pernas começaram a protestar, decidir sair para respirar um ar fresco:
- Noite animada – uma voz masculina falou ao meu lado.
Olhei desconfiada, mas estava risonha pela quantidade de álcool em meu sangue.
- Siiimmm e muito quente também – tomou um gole da minha taça – Aceita?
- Não, obrigado – ele levanta a garrafinha de água com gás.
- Algum motivo especifico? – não era da minha conta, mas bêbada eu ficava mais curiosa que o normal.
- Trabalho – ele sorri – E você comemorando algo?
- Aproveitando minha folga – me encosto no parapeito – Sou chefe no restaurante.
Sabia que era informação demais, amanhã eu culparia o álcool.
- E sua chefe permite beber durante o expediente? – ele tinha um sorriso bonito
- Eu sou a dona – Fingi beijar meu ombro e depois comecei a rir.
- Isso justifica muita coisa – ele tinha um cabelo bonito também de alguma forma sentia que o conhecia.
- Te conheço de algum lugar? – franzi meu a testa tentando lembrar
- Não sei, conhece? – ele de um gole na água me encarando.
- Hummmmmm – franzi a testa tentando fazer meus pensamentos passarem pela névoa de álcool sem resultado – Não, era só pressentimento mesmo.
- Você tem um sotaque diferente – ele meneou com a cabeça.
- Sou brasileira – estendi a mão – Sou a Amelia, prazer.
- Prazer é meu – ele pegou minha mão educadamente – Sou Oliver.
- Seu sotaque também não é daqui – Eu ainda estava segurando a mão dele.
- Espanhol. – Ele estava me olhando como se fosse um quebra cabeça faltando peças
- Que encontro inusitado – soltei a mão dele e virei o restante do conteúdo da minha taça.
- Estou a passeio com alguns amigos.
- Venham conhecer o restaurante amanhã, prometo que durante o dia é mais tranquilo. - A brisa vinda da costa me fez arrepiar – Que horas são?
Oliver deu risada novamente, tentando decifrar se eu estava somente bêbada ou se era realmente doida.
- Duas e vinte.
- Caralho – soltei o palavrão em português – Com toda certeza vou me arrepender disso amanhã – Continuei em italiano – Foi um prazer de novo Oliver, mas preciso ir.
Me desencostei do parapeito e o mundo girou por alguns segundos, é eu realmente preciso ir pra casa, tomar um bom banho gelado.
- Te vejo amanhã? – ele tinha um tom tão educado.
- Aguardarei sua visita – sorri – Boa noite – me despedi.
- Boa noite Amelia – sorriso muito bonito pensei comigo mesmo.
Me virei e voltei para dentro da muvuca dentro do restaurante indo para fundo pegando minhas coisas parar ir para casa, ou meia casa já que só tinha reformado dois cômodos até agora, para minha sorte não ficava tão longe dali, fui caminhando tranquilamente limpando a névoa alcoólica de minha mente e já me sentindo envergonhada pela conversa que havia tido com aquele estranho, mas vezes penso que meu anjo da guarda vai querer aumento, ele poderia muito bem ser um sequestrador, interrompi meus pensamento quando enfim cheguei em casa, forcei a porta velha que sempre enroscava nessa época do ano, a fechei assim que entrei, joguei minha mochila em cima da mesinha e subi para o banheiro, após um banho gelado e alguns minutos sofrendo de vergonha alheia de mim mesma, me joguei na cama, quando os primeiros raios de sol começavam a querer nascer no horizonte.
Mais tarde naquele dia acordei tão mal quanto imaginei que aconteceria, meu corpo me castigando pelas garrafas de vinho a mais, levantei me arrastando para o banheiro onde um banho quente me fez despertar para o dia, dia esse que foi tão corrido como imaginado, muitos pratos servidos, mesas felizes e clientes satisfeitos, foi nessa loucura que chegamos à noite os últimos clientes estavam sendo servidos quando Joana me chamou:
- Amy, mesa 5 quer falar com você – ela era alguns anos mais nova que eu, uma loira repleta de sardas no rosto.
- Sabe o motivo? – perguntei lavando minhas mãos.
Ela acenou negativamente
- Só pediu pra chamar a dona.
Franzi cenho, sem entender nunca tivemos reclamações desde que abrimos, saí da cozinha já repassando o que poderíamos ter errado, quando avistei o cliente da mesa que Joana falou e meus ombros relaxaram.
- Você realmente veio – Sentado na mesa cinco com um belo sorriso no rosto estava meu amigo da noite anterior.
- Eu disse que viria – De perto podia ver o tom misto de verde e castanho de seus olhos que não tinha notado na noite anterior – E queria parabenizar e comida está espetacular.
- Obrigada, vou repassar a cozinha seu elogio.
- A... – Ele olhou a nossa volta vendo que único cliente ali era ele – Gostaria de se sentar? Fui otimista ao pedir uma garrafa só para mim.
- Você disse que não bebia – o encarei com dúvida.
- E não costumo mesmo porém precisava de um acompanhamento para noite – ele levantou a taça – E tenho alguns dias até minhas férias acabarem.
- Okay... – olhei a nossa volta George estava me observando pra saber se deveria ou não fechar, acenei pra ele confirmando que o expediente tinha terminado. – Me dê um minuto.
Ele acenou concordando, fui em direção a cozinha onde meus companheiros de trabalho estavam com a cara de malícia que deixava claro o que se passava por suas cabecinhas criativas.
- Nem comecem – levantei a mão - Podem ir pra casa descansar, eu fecho o restante – estava voltando para salão – Ah! antes que me esqueça o cliente da mesa cinco parabenizou vocês pela comida.
- Com toda certeza o interesse dele é isso – Disse Joana rindo.
Fiz cara feia pra eles e voltei até onde meu convidado estava
- Tudo bem? - Ele tinha aquele meio sorriso da noite anterior.
- Sim, só tenho funcionários curiosos demais – escutei uma panela caindo e me virei para ver Joana e George tentando disfarçar a espionagem fracassada deles – E que se não forem pra casa, irão ficar com a limpeza das fritadeiras amanhã! – disse num tom mais alto.
- Boa noite Chefa! – Escutei a risadinha dos dois ao saírem pela porta dos fundos.
- Relação interessante entre vocês – ele disse tomando um gole do vinho.
- Eles estão comigo desde quando abri o restaurante, todos viemos parar na Itália com o objetivo de viver esse sonho.
- Uma brasileira na Itália abrindo um restaurante – ele pareceu analisar.
- Ao lado de três italianos rabugentos, outra brasileira e um chileno.
- Aquele dois? – Concordei
– Somos a família que vida deu um jeito de juntar e sou agradecida por isso.
- Você é muito intrigante.
- E você bem misterioso, já descobriu várias informações sobre minha vida, me conte um pouco sobre você.
Ele pareceu incrédulo por alguns segundos.
- Vim de Madrid pra realizar um sonho como vocês – ele sinalizou a nossa volta.
- E conseguiu? – apoiei meu queixo na mão.
- Em partes – ele meneou com a cabeça – Posso dizer que uns 80%
Agora eu estava mais curiosa que antes.
- E com o que você trabalha? – peguei a taça de sua mão dei um gole.
- Automobilismo – ele sorriu.
- Seu sonho é ser mecânico? – arquei a sobrancelha antes de virar o restante do conteúdo.
- Quase isso.
O encarei enchendo nossa taça compartilhada e passando para ele.
- Meu pai é mecânico no Brasil, cresci dentro de uma oficina.
- Isso sim é uma surpresa – ele deu um gole e me passou a taça – Sei que disse que veio pra cá viver um sonho, mas de onde exatamente surgiu essa vontade?
- Me formei em gastronomia com vinte e um anos, trabalhei durante alguns anos em um restaurante, depois na oficina, então conheci o programa de casas de um euro e pensei, Porque não? Voltei para uma cozinha de restaurante até conseguir dinheiro o suficiente e aqui estou eu. – Disse animada.
- Casa de um euro, espera, você restaurou esse lugar? – ele pareceu admirado
Concordei bebendo outro gole e passando a taça novamente.
- Isso é incrível Amelia.
- Eu sei! – sorri como uma criancinha - Morei da dispensa durante meses até conseguir outra casa pelo programa e agora estou restaurando-a aos poucos também.
- O fato mais surpreendente sobre você sempre é o seguinte - Oliver deu uma risada gostosa que me fez rir junto.
- Estou falando demais sobre mim de novo, vai me conte mais alguma coisa sobre você.
- Saí da Espanha com 19 anos, Itália é a terra do automobilismo, passei por várias empresas até conseguir algo realmente legal.
- Espera... Você é mecânico de fórmula 1?! – Ele bebeu o gole sorrindo, não precisava dizer mais nada. – QUE FODAAAAAAA!!! – a última saiu em português. - Por favor me leva um dia pra conhecer – continuei
- Levo sim ele disse animado.
A noite se transformou em madrugada enquanto conversamos sobre coisas aleatórias da vida e curiosidades de onde tínhamos vindo.
- Meu deus – olhei para o relógio na parede – São quase duas da manhã, preciso ir pra casa.
- Me desculpe prendê-la aqui até agora.
- Que isso, não se preocupe – disse me levantando – Você tem onde ficar?
- Estou num vilarejo a uma hora daqui. – Ele disse me acompanhando até a porta dos fundos.
Desliguei todas as luzes e nós saímos
- Se não se importar em dormir numa casa metade caindo aos pedaços, pode dormir lá em casa, é simples mas está tudo limpinho, não é seguro voltar agora tão tarde e você bebeu também.
- Eu realmente não me importo, só não quero incomodar – ele disse educado – Posso dormir no carro.
- Claro que não! – comecei a andar – Vem, vou te apresentar meu castelo, tenho um colchonete lá, só promete não tentar roubar meu rim durante a noite.
Ele voltou a dar aquela risada gostosa e grave
- Eu prometo.
Assim que chegamos na minha casa ficamos conversando por mais um tempão antes de enfim irmos dormir, ele não roubou meu rim, nem naquela noite, nem nos dias que se seguiram que ele chegava um pouco antes do restaurante fechar e ficávamos conversando até quase o amanhecer e assim, dias viraram semanas, eu havia ganhado mais um grande amigo na Itália e estava muito feliz por isso, as vezes a vida tem jeitos engraçados de nos surpreender.
eu coração batia tão forte que eu podia senti-lo pulsar nos ouvidos.A multidão ao meu redor era uma onda vermelha de fervor, gritando o nome da Ferrari como se suas vidas dependessem daquilo, mas nada ao meu redor era tão intenso quanto o que eu sentia ao ver Oliver na pista. O telão mostrava cada curva que ele fazia, cada movimento calculado no limite, ele defendia a liderança com tudo que tinha, os pneus desgastados traindo sua estabilidade, mas sua determinação era mais forte.Cinco voltas.Mick VanDijk pressionava, a ameaça era real, Qualquer erro ou deslize, e a vitória escorreria pelos dedos.— Ele vai conseguir, não vai? — Minha voz saiu mais baixa do que eu queria, quase um sussurro para mim mesma.— Se tem alguém que pode segurar isso, é o Oliver. — O tom de Alexander, seu primo era firme, mas mesmo ele parecia prender a respiração.No outro lado, Lars, assessor de Oliver, mantinha os braços cruzados, os olhos fixos na tela, como se pudesse controlar o destino com o olhar.D
O apartamento de Oliver para o fim de semana era espaçoso, mas com todos reunidos ali, parecia menor. O cheiro da comida misturado às conversas e risadas criava um clima acolhedor e caótico ao mesmo tempo, eu ainda não estava completamente acostumada a estar cercada por pilotos e suas histórias insanas, mas, aos poucos ia me ajustando.Estava na cozinha, cortando pedaços de pão para as entradas, quando Theo apareceu ao meu lado, casualmente roubando um pedaço e colocando na boca antes que eu pudesse impedi-lo.— Se continuar assim, não vai sobrar nada para o jantar. — Reclamei, tentando dar um tapa na mão dele.— Esse é o risco de ter algo tão bom ao alcance das mãos, Amelia.— Ele piscou, convencido.— Lá vem ele com o charme barato.— Patrick passou atrás de nós, pegando uma cerveja da geladeira. — Espero que esteja economizando essas cantadas para a corrida, porque vai precisar.— Eu não preciso de cantadas, Patrick. Meu talento natural fala por si. — Theo rebateu.Rolei os olhos, m
Eu estava cercada pelo som ensurdecedor dos motores, o cheiro de gasolina e borracha queimada e um mar de pessoas apressadas, todas com um propósito muito claro.Oliver tinha me convidado para acompanhar um final de semana de corrida em Monza já que era mais próximo de casa, algo que a princípio recusei, alegando trabalho no restaurante, mas ele insistiu. “Você sempre trabalha, Amelia. Tira um tempo pra viver algo diferente.” Então, depois de muito relutar e deixar tudo organizado no restaurante, aceitei.Desde aquela noite as coisas entre nós tinham ficado mais fortes, se antes eu tentava me enganar, agora eu tinha desistido e aceitado a realidade, meus sentimentos por ele eram mistos e todos bons, nosso acordo tinha sido a segunda melhor decisão daquela noite e como dois adultos seguimos nossas vidas, além de nós ninguém precisava saber o que tínhamos ou não feito. Apesar de que pelo olhar que ganhei de Theodore hoje ele tinha certeza que algo havia acontecido.- Bom dia bonita – el
As horas foram passando a música alta vibrava pelo salão, as luzes coloridas piscavam em tons de vermelho e azul e eu já sentia o efeito do álcool me deixando mais leve, mais solta. Oliver sorriu para mim, os olhos brilhando com aquele jeito travesso que ele sempre tinha quando estava se divertindo. — Vamos dançar. — O piloto segurou minha mão, puxando-me para o meio da pista. — Eu não sei se é uma boa ideia — protestei, mesmo enquanto me deixava levar. Meu corpo já se movia ao ritmo da música, sentindo a batida pulsar no peito. — É só sentir a música. — Ele se aproximou um pouco mais, as mãos deslizando até minha cintura, meus batimentos aumentaram. A proximidade dele me afetava mais do que eu queria admitir. O calor do seu corpo, o cheiro do perfume misturado com algo unicamente dele, tudo me fazia esquecer do mundo ao redor, nos movíamos juntos, lentamente no começo, até que o ritmo foi nos guiando para algo mais solto, mais natural. — Viu? — Ele sussurrou perto do me
A noite seguiu com risadas e conversas leves. Patrick e Christoffer compartilharam histórias dos bastidores da Fórmula 1, me fazendo sentir cada vez mais confortável no ambiente. Eu nunca tinha imaginado estar cercada por pilotos de elite, mas para minha surpresa, gostei da companhia.Em algum momento, Oliver se afastou para conversar com um dos engenheiros e eu fiquei com os dois rapazes, que pareciam determinados a me testar.— Então, Amelia, já dirigiu um carro esportivo? — Christian perguntou.— Eu? Nem pensar. Última vez que dirigi ainda estava no Brasil e nunca a 300km/h, por sinal.Patrick fingiu um olhar de horror.— Isso é um insulto para todos aqui.— Vocês são malucos, eu sou normal.Chris deu uma risadinha cumplice.— Eu apostaria que Oliver vai te colocar ao volante de um em breve.— Eu também acho. — Patrick concordou.Olhei para o outro lado do salão, onde Oliver conversava tranquilamente com um grupo de engenheiros e patrocinadores.— Hmmm… duvido. – Arquee
A tarde estava particularmente calma, estava conferindo o estoque, celular vibrou no bolso do dólmã.Oliver: Se você sobreviver ao dia, esteja pronta às 19h. Confia em mim. Franzi o cenho, limpando as mãos no avental antes de digitar a resposta.Amélia: Suas mensagens sempre tem tom de sequestro... Para onde vamos?A resposta veio quase instantaneamente.Oliver: Se eu dissesse, estragaria a surpresa. Mas prometo que vale a pena.Suspirei, revirando os olhos. a ideia de sair um pouco da rotina exaustiva era tentadora.Amélia: Ok, estarei pronta.Oliver: Bom, se fosse um sequestro, você aceitou rápido demais, como sempre . Não consegui evitar um sorriso.O tempo voou até as 19h, corri para casa, tomei um banho rápido, parei na frente da minha arara de roupas com as mãos no quadril, usando somente calcinha e sutiã. Percebi que não fazia ideia do que vestir.O que Oliver estaria aprontando?Me voltei para vestido azul de tecido leve, com um corte simples, mas elegante, devo ad
Último capítulo