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Isso Não Muda Nada

As horas foram passando a música alta vibrava pelo salão, as luzes coloridas piscavam em tons de vermelho e azul e eu já sentia o efeito do álcool me deixando mais leve, mais solta. Oliver sorriu para mim, os olhos brilhando com aquele jeito travesso que ele sempre tinha quando estava se divertindo.

— Vamos dançar. — O piloto segurou minha mão, puxando-me para o meio da pista.

— Eu não sei se é uma boa ideia — protestei, mesmo enquanto me deixava levar. Meu corpo já se movia ao ritmo da música, sentindo a batida pulsar no peito.

— É só sentir a música. — Ele se aproximou um pouco mais, as mãos deslizando até minha cintura, meus batimentos aumentaram.

A proximidade dele me afetava mais do que eu queria admitir. O calor do seu corpo, o cheiro do perfume misturado com algo unicamente dele, tudo me fazia esquecer do mundo ao redor, nos movíamos juntos, lentamente no começo, até que o ritmo foi nos guiando para algo mais solto, mais natural.

— Viu? — Ele sussurrou perto do meu ouvido, a voz rouca e cheia de diversão. — Você dança melhor do que imagina.

Soltei uma risada, o álcool e a adrenalina me dando coragem para erguer o rosto e encará-lo. Oliver me olhava como se eu fosse a única pessoa ali, seu olhar passeou até minha boca e por um instante, esqueci como respirar.

- Acho que devemos cortar o álcool – disse, junto de seu ouvido.

Oliver arqueou uma sobrancelha sem entender

- Está me fazendo te achar mais bonito do que deveria – dei uma risadinha.

Sua mão em minha cintura deu um pequeno beliscão, me fazendo dar uma risada mais alta, que ninguém além de nós dois poderia ouvir graças a música.

- E o que tem de tão ruim nisso? – o meio sorriso, aquele meio sorriso filho da puta.

Seus olhos caíram em meus lábios novamente, mundo ao redor ficou abafado, só existia ele, só existia nós dois.

Então, como se fosse inevitável, meus lábios encontraram os dele.

Foi um beijo suave no início, uma hesitação misturada com desejo, assim que nossas bocas se encaixaram, algo dentro de mim explodiu, meus dedos se entrelaçaram naquele cabelo macio que tantas vezes fiquei tentada a tocar, puxando-o para mais perto e Oliver correspondeu com a mesma intensidade, aprofundando o beijo. O gosto do licor ainda estava ali, doce e quente, se misturando ao momento.

A música continuava tocando, as luzes piscando ao nosso redor, mas nada importava naquele momento, era como se fôssemos os únicos no mundo. Apenas nós, apenas aquele beijo, quando enfim nossos lábios voltaram a separar estava os dois cansados, minha mão escorregou de seu pescoço para o centro de seu peito onde o toquei com indicador, seus olhos, eram puro desejo como tinha certeza que os meus também estavam.

- Isso não muda nada. – falei sorrindo

- Com certeza não - ele também sorria.

Uma de suas mãos ainda estava em minha cintura a outra segurou minha mão que o tocava.

- Vamos pra casa? – sua voz saiu rouca quando ele sussurrou em meu ouvido.

Eu apenas concordei mordendo os lábios, eu o queria, muito.

Nos despedimos rapidamente dos meus novos amigos e o rapaz que agora sabia que se chama Theodore, me abraçou e sussurrou em meu ouvido

- Aproveitem a noite, mesmo que se arrependam amanhã – quando me voltou ele tinha um sorriso convencido no rosto.

O caminho de volta para casa foi silencioso, mas carregado de algo que ia além das palavras, uma música baixa preenchia o carro, mas minha mente estava nele. No jeito como suas mãos seguravam o volante com força, no modo como seus olhos desviavam para mim de tempos em tempos, como se algo queimasse ali, prestes a transbordar. Quando paramos em frente à minha casa, depois do que pareceu uma eternidade, Oliver desligou o motor e virou-se para mim, seus olhos passearam pelo meu rosto, parando nos meus lábios. O silêncio entre nós pulsava. Meu coração batia forte, estávamos prestes a cruzar a linha de forma irreversível.

Descemos do carro e antes mesmo que eu pudesse pegar minhas chaves, senti sua mão deslizar pela minha cintura, puxando-me com firmeza para perto de seu corpo.

— Você sabe que isso vai mudar tudo, não é? — Ele murmurou contra minha pele, seus lábios roçando a curva do meu pescoço, causando um arrepio que percorreu cada parte do meu corpo.

- Não vamos pensar nisso agora - Sussurrei de volta, deixando-me perder no calor dele.

A porta mal foi fechada antes de Oliver me empurrar gentilmente contra ela, sua boca encontrando a minha com urgência. O beijo era faminto, sem mais espaço para hesitações, minhas mãos deslizaram por seus ombros, agarrando o tecido macio de sua camisa, enquanto os dedos dele exploravam a curva das minhas costas, me puxando para mais perto, como se a proximidade nunca fosse suficiente.Ele me ergueu no colo, e minhas pernas instintivamente se enroscaram ao redor de sua cintura, o caminho até o quarto foi um emaranhado de beijos, risadas baixas e suspiros ansiosos, quando minhas costas tocaram o colchão, Oliver pairou sobre mim, sua respiração pesada enquanto seus olhos percorriam cada detalhe meu.

— Você é linda… — Ele sussurrou, os dedos traçando uma linha delicada pela minha pele exposta, enviando ondas de calor por todo o meu corpo.

— Me faz sentir você, Oliver. — Murmurei, minha voz carregada de anseio.

E ele obedeceu.

Cada peça de roupa foi removida com paciência e reverência, como se cada centímetro meu merecesse ser explorado, suas mãos eram firmes e hábeis, seu toque carregado de intenção. Meu corpo respondia a cada movimento seu, a cada beijo depositado sobre minha pele em um caminho que incendiava tudo por onde passava. Até que finalmente ele me reivindicou para si, o ar pareceu vibrar ao nosso redor, carregado de uma eletricidade pulsante. Ele deslizou para dentro de mim com uma lentidão torturante, os olhos fixos nos meus, capturando cada pequeno arrepio, cada suspiro que escapava de meus lábios entreabertos. Seu toque firme, cuidadoso, explorando cada curva do meu corpo como se estivesse desvendando um segredo precioso. No começo, seus movimentos eram suaves, um ritmo calculado que me fazia ansiá-lo ainda mais, meu corpo se moldava ao dele, respondendo a cada investida com uma necessidade crescente, seus dedos percorriam minha pele em carícias ardentes, seus lábios encontravam os meus em beijos famintos, enquanto seus gemidos baixos e roucos se misturavam aos meus. A necessidade entre nós aumentou, o ritmo tornando-se mais urgente, mais intenso, minhas unhas cravaram-se em suas costas, arranhando suavemente enquanto o prazer nos consumia, sentia cada parte dele, cada fragmento da conexão que nos unia de forma irreversível, seus lábios desceram pelo meu pescoço, deixando rastros de calor e desejo. O mundo ao nosso redor se dissolveu, restando apenas nós dois:

- Amelia... - Meu nome escapou de seus lábios em um tom de devoção no momento em que nos perdemos um no outro, um som rouco e carregado de prazer.

O silêncio preencheu o quarto mais uma vez, estamos entrelaçados sob os lençóis, minha coxa firmemente apoiada por sua mão, como se fosse fugir a qualquer momento caso ele me soltasse

- Eu não vou a lugar algum – sorri fazendo círculos no peito dele.

- Não custa precaver – ele deu um sorriso lindo.

- Estive pensando em algo nos últimos minutos. – Me virei de bruços apoiando meu rosto nas mãos – Nós dois sabemos que essa noite foi única e não voltará acontecer.

Podia jurar que vi o brilho daqueles olhos únicos diminuírem por um momento.

- Suas ideias repentinas me preocupam – ele parecia receoso

- Não me entenda errado, não quero que nossa amizade termine, por isso vamos fazer um acordo.

- Hum, continue – o brilho divertido voltou

- Nos damos muito bem, a noite de hoje foi incrível – dei uma pequena pausa, pois sua mão estava acariciando minhas costas e me desconcentrando – Se chegarmos aos 30 anos e nenhum de nós estiver, namorando, noivo ou sei lá, com alguém, nós podemos nos casar.

O rosto de Oliver congelou, assim como sua mão.

- De onde Deus, você tira essas ideias? – ele estava incrédulo.

- Relaxa, não estou te pedindo em casamento bonitão, estou apenas criando um plano B para nós dois, você sabe o quanto é importante se planejar.

Me sentei na cama com o lençol em minha cintura, seus olhos focaram imediatamente na parte exposta do meu colo

- Oliver meus olhos estão aqui – provoquei – E aí, o que acha?

- Uma ideia estupidamente doida.

- Isso é um sim? – deixei minha cabeça cair pro lado.

Ele concordou com um aceno, um sorriso aberto, felicidade tomou meus lábios. Ergui minha mão esquerda levantando o mindinho.

- Temos um acordo?

Oliver balançou a cabeça rindo, levantou a mão enroscando seu dedinho no meu.

- Temos um acordo, Hermosa. – Ele soltou minha mão me empurrando contra o colchão novamente – Se permite, porque um dragão?

Demorou alguns segundos para assimilar que ele estava falando sobre a tatuagem que tinha entre os seios.

- Eu gosto de livros, são dragões de uma história que li algum tempo atrás.

- Bonito– ele depositou um beijo sobre a tatuagem que fez com que todo meu corpo reagisse - A noite ainda não acabou certo?

- Só quando sol surgir no horizonte.

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