... Enfim chegou o dia do julgamento que Isabella tanto almejou.
A sentença foi lida com frieza cirúrgica.
— Em favor da parte autora.
Isabella congelou. Os olhos fixos no juiz como se ainda houvesse alguma chance de reversão. Mas não havia. Apenas o som do martelo batendo, selando o destino do caso que ela jurava estar ganhando.
Ela saiu da sala trêmula, os papéis apertados contra o peito. No corredor, cochichos maldosos:
— Eu disse que ela era só um rostinho bonito... — Achou que sabia jogar com os grandes...
Cada palavra era uma punhalada. O orgulho dela se desmanchava a cada passo. Quando o elevador abriu no térreo, lá estava ele — Rafael Navarro. Esperando. O arquiteto da sua queda.
— Isabella — aproximei-me com o rosto sério, a voz calma. — Eu... perdi, Rafael. Eu perdi tudo. Fiz tudo certo! Eu… não entendo.
— Você não perdeu. Isso foi uma decisão injusta. Acontece... mais do que deveria.
— Mas o caso era sólido! Meu argumento era forte! Por que…?
— Às vezes, o sistema já está co