A sentença ainda ecoava dentro dela como uma maldição. Nos dias seguintes ao julgamento, Isabella mal comia, mal dormia. Andava pela cidade com os olhos perdidos, como se buscasse entender onde tudo desmoronou. E eu estava lá, ao lado, observando cada rachadura.
Foi então que lancei a isca final.
— Vem comigo — disse, certo de que ela estava pronta para dizer sim a qualquer coisa que a fizesse esquecer.
— Para onde? — ela perguntou, com a voz fraca, o olhar baixo.
— Para um lugar onde o mundo parece mais leve. Onde ninguém te conhece, onde não existe derrota.
Ela me olhou, desconfiada e, ao mesmo tempo, desesperada por um refúgio.
— Isso soa como um sonho… — sussurrou.
— A Tailândia. Uma ilha que parece saída de um conto de fadas. Areia branca, mar transparente, silêncio. Você precisa respirar de novo, Isabella.
Ela hesitou, mas a vontade de fugir da dor venceu.
— E você vai comigo?
— Claro. Você não vai estar sozinha, nunca. Não enquanto eu puder evitar.
Ela assentiu lentamente. E