Já era final de tarde quando Elisa subiu no carro de Dudu para voltarem para casa. O cheiro dele — que impregnava o carro — a envolveu, e ela teve que se segurar para não fechar os olhos e se perder naquela sensação.
"Então... vamos trabalhar juntos, hein?" Dudu quebrou o silêncio, os dedos batendo levemente no volante. O tom era leve, mas Elisa podia perceber a tensão por trás daquela pergunta.
"É mais 'assistente pessoal e piloto'." Elisa sorriu, tentando aliviar o clima. "Não vou me envolver com as... outras atividades da empresa."
Por algum motivo, Elisa sentia a urgência de deixar claro que não se envolveria com prostituição virtual, mas não por uma questão moral.
Não, de alguma forma o que ela queria dizer era: se eu for fazer sexo virtual com alguém, esse alguém será você. Claro, ela não tinha coragem de dizer aquilo.
Apesar de tudo que passava pela cabeça dela, naquele momento ele apenas acenou com a cabeça, os olhos fixos na estrada.
"Você gostou do que viu lá?" perguntou, e