Capítulo 9 - A Cidade Que Guardava o Nome

Três anos depois da partida de Guilherme, Júlia acreditava que tinha aprendido a respirar de novo.

Não era verdade, mas ela achava que era.

O tempo não cura — ele só organiza a dor para que ela caiba em lugares onde possamos escondê-la quando precisamos continuar vivendo.

E Júlia continuou.

Aprendeu a dormir sem esperar uma mensagem.

Aprendeu a olhar o celular sem sentir o coração socar o peito.

Aprendeu a rir de novo, mesmo que algumas risadas fossem apenas para o mundo, não para ela.

Mas dentro dela, um quarto permaneceu fechado.

Trancado.

Escuro.

Com uma única janela que dava para um verão do passado.

O verão em que ela acreditou para sempre.

Ela não abriu aquela porta.

Ela apenas passou a viver em torno dela.

A Viagem

A viagem a Buenos Aires não foi planejada.

Foi uma impulsão.

Um escape.

Uma amiga sugeriu:

— Vai. Muda de ar. Toma um vinho na Plaza Dorrego. Caminha pela Recoleta. Vê o mundo um pouco.

E Júlia foi.

Chegou na cidade em uma manhã dourada de final de primavera.

O vento
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