Giovanni Bianchi
A madrugada se arrasta enquanto eu caminho de volta para o hotel. As luzes da cidade parecem mais frias, quase hostis. É como se tudo ao meu redor estivesse tentando me lembrar da loucura que estou cometendo.
Mas, por mais que eu tente ignorar, o nome dela ecoa na minha mente.
Sophia…
Quando chego ao saguão do hotel, o recepcionista me lança um olhar curioso, mas rapidamente desvia o olhar. Subo pelo elevador e sinto o coração martelar no peito como um aviso de que estou prestes a fazer algo irreversível.
A porta da minha suíte se abre e eu entro, mas não vou até o quarto onde a deixei dormindo. Em vez disso, me dirijo até a mesa no canto da sala e sirvo um copo generoso de uísque. O líquido queima minha garganta, mas não o suficiente para anestesiar o turbilhão dentro de mim.
Meu celular vibra e eu atendo no mesmo segundo.
— Diga, Victor. — Minha voz é áspera, carregada de expectativa.
— Tenho as informações que você pediu. — meu advogado e amigo me responde, a voz