Sophia Romano
Acordo sozinha.
O quarto está mergulhado em um silêncio opressor, e a luz suave da manhã atravessa as cortinas pesadas, deixando tudo com um tom acinzentado que reflete perfeitamente o vazio dentro de mim.
Meu corpo ainda está mole, os músculos doloridos e exaustos pelos efeitos da noite anterior. Giovanni havia sido implacável. Como se estivesse determinado a me marcar de todas as formas possíveis. E ele conseguiu.
Levanto-me devagar, os pés descalços encontrando o chão gelado. Cada movimento faz com que meu corpo proteste, e quando finalmente alcanço o banheiro, paro diante do espelho.
Meu reflexo me encara de volta, os cabelos desgrenhados, os lábios inchados e a pele marcada com hematomas roxos e avermelhados espalhados pelo pescoço, ombros, seios e coxas.
Tudo deixa claro o que sou: Propriedade dele.
As marcas dizem tudo. Giovanni fez questão de me lembrar de quem eu pertenço. E a parte mais perversa é que, apesar de toda a dor e humilhação, um pedaço do meu ser des