O táxi parou em frente ao prédio simples onde Blanca e Hanna viviam. Sophia pagou a corrida, agradecendo com um sorriso forçado, e saiu do carro abraçando o próprio corpo contra o vento frio da noite. Cada passo até a porta da frente parecia pesar uma tonelada.
Ao entrar, o cheiro familiar de casa, de amor, a envolveu como um cobertor, mas não foi suficiente para aquecer a solidão que se enraizava dentro dela.
— Filha? — a voz doce de Blanca ecoou da cozinha.
Sophia forçou um sorriso e caminhou até lá.
Encontrou a mãe preparando chá, como sempre fazia nas noites mais frias. Hanna estava sentada à mesa, colorindo um desenho com concentração. Ao ver a irmã, Hanna soltou o lápis e correu para abraçá-la.
— Sophi! — exclamou, rindo.
Sophia se ajoelhou e a envolveu em um abraço apertado, fechando os olhos para conter o choro.
— Estou aqui, minha pequena — sussurrou, a voz falha.
Blanca se aproximou com cuidado, observando as olheiras profundas no rosto da filha, o olhar perdido, o sorriso f