Sophia ajeitou a alça do vestido azul no ombro e saiu do quarto, caminhando pelo corredor silencioso do apartamento de Giovanni.
O coração batia pesado no peito, como se pressentisse o que estava por vir.
Ao chegar na sala, encontrou Giovanni de pé, junto à janela ampla de vidro, observando a cidade que pulsava sob as luzes da noite. Ele não se virou quando ouviu seus passos. Apenas permaneceu ali, com as mãos nos bolsos da calça social e a postura rígida como mármore.
Sophia respirou fundo, sentindo o peso invisível daquela distância gelada.
Ela havia se acostumado ao Giovanni dominador, ao Giovanni que a tomava com brutalidade e paixão. Mas aquela versão dele… a fria, distante… era um golpe que feria ainda mais do que qualquer comando dentro do quarto.
— Giovanni? — chamou, com a voz baixa.
Ele se virou devagar, o rosto inexpressivo, os olhos azuis duros como aço.
— Preciso conversar com você — disse ele, seco, como se falasse com um estranho.
Sophia engoliu em seco, mas assentiu.
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