A tarde se arrastava lenta.
Sophia estava sentada no sofá da cobertura, com as pernas cruzadas sob o corpo, abraçando uma almofada enquanto olhava para a janela.
A cidade fervilhava do lado de fora, indiferente à dor silenciosa que consumia seu peito.
Desde que voltaram do hospital com Hanna, Giovanni havia mudado. Estava mais frio, mais ausente, mais… Giovanni. Ele havia saído sem dizer para onde ia. Não deixou ordens, não deixou promessas, apenas silêncio.
Um silêncio que cortava como lâmina.
Sophia suspirou, fechando os olhos com força, tentando conter as lágrimas que insistiam em se formar.
O que eu fiz de errado?
Será que me tornei um peso?
Será que, no final, sou apenas mais uma na lista dele?
As dúvidas corroíam sua mente como ferrugem em uma estrutura antes sólida. Ela odiava se sentir assim, tão pequena, tão vulnerável, tão dependente de um homem que nunca prometeu nada além de posse temporária, mas não adiantava.
Era tarde demais para proteger o próprio coração.
Ela pertenci