Seu nome era ‘Kaela Nur’. Muito antes de se tornar a enigmática JK-20, ela fora conhecida como General Nur entre os híbridos da Colônia Vermelha. Sua presença era lembrada por poucos e registrada por menos ainda. Era um nome apagado dos bancos centrais, mas gravado em cada célula que ainda pulsava nas profundezas do oceano terrestre. Kaela estava em Marte quando a Terra desabou em expedição.
A Colônia Vermelha sobrevivera à onda de destruição que varreu a superfície do planeta azul, e não apenas sobrevivera: adaptou-se. Enquanto a Terra mergulhava em guerra e degradação, os híbridos marcianos, criados para resistir à baixa gravidade e aos elementos extremos, cultivavam silêncio e resiliência. A juventude não os abandonava. Os genes modificados, aliados a tecnologias bioestabilizadoras, mantiveram suas células num estado de latência jovem. Não eram imortais. Mas tampouco frágeis.
Kaela liderou expedições de retorno séculos depois, quando os sinais da Terra indicavam que a atividade ro