O silêncio das cúpulas da colônia era absoluto. Nenhum ruído que não fosse autorizado. Nenhuma vibração que o Cérebro Superior não previsse. Mas dentro de TXK, um tumulto crescia, e era incontrolável.
Desde que soubera da gestação de JK-20, ou melhor, de Kaela Nur, algo o desconectava lentamente da rede lógica que sustentava seu status de comandante. O protocolo de obediência se mantinha intacto, mas a linha entre dever e vontade começava a borrar. Não era desejo. Não era amor. Era outra coisa. Medo, talvez. Ou admiração. Ou um instinto que ele nem sabia que ainda possuía.
Se jk-20 estava de fato gerando um novo ser, ela estava quebrando todas as diretrizes da Colônia Superior. Reproduzir-se fora dos programas genéticos validados era traição. Mas e se a traição fosse a única chance de liberdade?
TXK sabia: fora salvo de um mundo morto. Reconstruído, talvez, ou preservado sem ter sido consultado. Sua memória era um mosaico de dúvidas. Mas havia certeza numa coisa: sem a proteção