A viagem de volta foi marcada pelo silêncio, um silêncio quase suffocante.
Entre Bruno e eu havia uma distância imensa, e nenhum de nós tinha coragem de abrir a boca para dizer sequer uma palavra a mais.
O telefone de Bruno tocou, ele atendeu e respondeu algumas palavras, antes de desligar e me olhar.
— A polícia disse que ela está muito ferida e precisa de tratamento antes de ser detida. Durante esse tempo, eles vão enviar vigilantes para o quarto dela.
— Entendi.
Gisele realmente estava gravemente ferida. Quando os dois policiais tentaram levantá-la da cama, a perna que ela havia amputado recentemente começou a sangrar imediatamente.
Só de lembrar da cena, comecei a me sentir tonta. Fechei os olhos e me apoiei no encosto da porta do carro, sem querer dizer mais nada para Bruno.
Bruno suspirou. Ele segurou meu braço, virou meu corpo para ele e me olhou profundamente com seus olhos escuros.
— Eu estou me vingando por você, e você não está feliz? Eu pensei que você ficar