Eu estava com o saco de Bruno nas mãos, e não sabia o que fazer com ele nem podia pegar nem podia largar.
O copo estava firme em minha mão, e, quando fui abrir a boca, até minha voz falhou.
— Bruno, não precisa encher até a borda... — Forcei-me a controlar a vergonha, apontando para o que estava escrito no rótulo da garrafinha. — Aqui está escrito que a quantidade de uma vez é o suficiente.
— Como você sabe que não vou encher a quantidade certa?
Fiquei tão surpresa que os pelos do meu corpo se arrepiaram. Levantei a manga e estiquei o braço para mostrar a ele o quanto estava atônita.
— Bruno, você tem noção do que está dizendo?!
— Não tem ninguém vendo, qual o problema?
De repente, Bruno abaixou a cabeça e, com uma suavidade quase irreconhecível, mordeu meu clavículo.
Não doeu, mas a pressão não era algo que eu pudesse ignorar. Era uma força que me fazia querer gritar, mas eu me segurava.
Mordi forte o lábio inferior e, sem pensar, envolvi a cabeça dele com minhas mãos.
— Bruno, não fa