Capítulo 75, Quando o medo b**e na janela.
Lua
Às vezes, o silêncio da casa parece gritar.
Mesmo com Sol rindo lá fora, mesmo com Alyce cantando as musiquinhas inventadas, há uma parte de mim que não descansa.
Desde aquele dia na escola, o medo deixou de ser lembrança — virou presença.
Ele dorme comigo, caminha atrás dos meus passos, respira no meu pescoço quando fecho os olhos.
Eu tentei ignorar.
Disse a mim mesma que era paranoia, que tudo estava sob controle.
Mas mãe sente o que o coração não explica.
E o meu… o meu não me deixa esquecer.
Eduardo reforçou a segurança de casa no dia seguinte ao susto.
Câmeras novas, sensores de movimento, guardas na portaria e até dois homens discretos vigiando o jardim.
Disse que era “só por precaução”, mas eu sabia — a voz dele tremia no telefone com Matthew.
Ouvi parte da conversa sem querer, quando ele pensou que eu dormia:
Temos a gravação, Matthew. A mulher que apareceu na escola era a Cláudia. Usou peruca, lentes, maquiagem… Ela quase conseguiu.”
O som do nome dela fez meu corpo inte