Thiago
Peguei o celular ainda tomado pela raiva. A lembrança do olhar de Eduardo, me expulsando como se eu fosse lixo, queimava na minha mente. Mas lembrei de Amber — do jeito como me olhou com compaixão. Ela não tinha virado as costas. Ela tinha me escutado.
E era isso que eu precisava agora: alguém que acreditasse em mim.
Abri a tela de mensagens e digitei:
"Amber, obrigado por ter me ouvido hoje. Você não imagina o quanto isso significou para mim."
Fiquei olhando a tela, esperando. Minutos depois, a resposta veio:
"Não precisa agradecer. Só espero que esteja melhor."
Senti um sorriso surgir em meu rosto. Ela tinha se importado. Usei o gancho.
"Gostaria de agradecer pessoalmente. Que tal um café, só nós dois?"
O visto azul apareceu, mas nenhuma resposta. Cinco minutos. Dez. Vinte. O silêncio me corroía. Quando finalmente a resposta chegou, foi uma punhalada:
"Acho que não é uma boa ideia, Thiago. Você está fragilizado, eu sou profissional, não quero que se confunda."
Fechei os pun