Capítulo 63 Filho bastardo

Thiago

Eu saí daquela casa como quem foge de um incêndio.

O peito queimava, a respiração falhava, e cada passo parecia mais pesado do que o anterior. Eduardo tinha gritado, Augusto tinha suplicado, e eu… eu tinha sido reduzido àquilo que sempre fui: o erro.

Filho bastardo.

Era essa a marca que meu pai tinha gravado em mim desde o nascimento. Um erro escondido, uma sombra. E agora, mesmo revelando a verdade, tudo que consegui foi mais humilhação. Eduardo me olhava como se eu fosse um invasor, como se tivesse surgido para roubar algo que era só dele.

O ar frio de Boston me atingiu assim que fechei a porta atrás de mim. Enfiei as mãos nos bolsos, tentando conter o tremor, mas a raiva era maior. Odiava todos eles: meu pai, por ter me escondido; Eduardo, por ter se beneficiado do meu silêncio; até minha mãe, por nunca ter me defendido de verdade.

Caminhei sem direção, apenas querendo me afastar daquela família que nunca me quis de verdade. Foi então que, na esquina próxima, quase trombei
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