Capítulo 59, Esperança de volta a andar.
(Eduardo)
Acordei com a claridade suave da manhã entrando pelas frestas da persiana. O hospital tinha esse dom de misturar rotina e monotonia, mas, naquela manhã, algo estava diferente: a ansiedade. Sabia que hoje começariam as sessões de fisioterapia.
Já tinham me preparado psicologicamente para a dor. Os enfermeiros, os médicos, até minha mãe me disseram que não seria fácil. E, para falar a verdade, eu não estava nem um pouco animado.
Lua ja estava sentada na poltrona ao lado da cama, os cabelos soltos, mexendo distraidamente no celular. Quando percebeu que eu estava acordado, sorriu — aquele sorriso que sempre conseguia me dar forças.
— Bom dia, dorminhoco. — Ela se levantou e ajeitou os lençóis perto do meu ombro. — Dormiu bem?
— Até sonhei com a gente se amando intensamente — Respondi, puxando a mão dela para a minha. — Sonhei que nos estávamos enlouquecidos e fazendo várias posições que a gente nunca fez pela minha falta de mobilidade.
— Vai acontecer. — Ela disse convicta. — Va