Capítulo 58, O amor verdadeiro, sempre vence o medo.
(Eduardo )
O silêncio do quarto de hospital sempre parece mais pesado de madrugada. As máquinas ao meu lado emitiam bipes ritmados, lembrando que meu corpo ainda estava em conserto, que eu não podia simplesmente levantar dali e recomeçar do zero. Doía em vários lugares, mas a dor maior não vinha de dentro para fora. ou da respiração funda.
A visita do meu pai ainda ecoava na memória. Ou melhor, a última visita foi um desastre ele tava seco novamente. Ele sempre só causou o caos na minha vida. Cada vez que pensava nele, uma mistura de raiva e desilusão me corroía. Não sei se alguma vez fui realmente filho dele, ou apenas mais um objeto em sua coleção de poder.
Mas havia algo que ainda me mantinha inteiro: a Lua e a Sol. Só de pensar nas duas, meu peito se aquecia. A Lua tinha sido meu sol nos dias mais escuros, e agora tínhamos a nossa estrelinha, que com seu sorriso fazia até as paredes frias do hospital parecerem menos hostis.
Eu cochilava quando ouvi passos no corredor, já tinha am