Capítulo 22, Algo está mudando.

(Lua Carvalho)

Depois que Eduardo saiu da nossa casa naquela noite, fiquei parada no meio da sala, como se tivesse perdido o chão. Meus joelhos tremiam, o coração batia descompassado e o ar parecia não entrar nos pulmões.

As palavras da minha avó martelavam na minha cabeça:

“Foi Bruno… o carro que bateu em Eduardo era o dele.”

Senti as lágrimas deslizarem pelo rosto.

— Vó… — murmurei, quase sem voz. — Eu destruí a vida dele.

Minha avó, se aproximou e me abraçou com força. Seu peito era meu porto seguro desde criança.

— Não, minha filha. Você não pode carregar essa culpa.

— Mas se não fosse por mim… — engasguei, tentando falar. — Bruno não teria enlouquecido daquele jeito, não teria provocado aquele acidente… não teria acabado com a vida dele… com a família dele.

Minha avó segurou meu rosto entre as mãos calejadas, obrigando-me a encará-la.

— Lua, olhe para mim. — disse com firmeza. — A culpa foi do Bruno. Só dele. Você foi vítima, assim como Eduardo.

Fechei os olhos e soluçei contra o
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