Capítulo 126, ciúmes no meio do Caos.
— VISÃO DE Amber
Eu acordei com uma sensação estranha. Uma mistura de vazio e pressentimento. Não sei explicar… apenas parecia que o ar do quarto estava mais pesado, como se algo tivesse acontecido enquanto eu dormia. O sol da manhã escorria pela fresta da cortina, mas ao invés de sentir conforto, eu me senti sufocada.
Minha barriga doía — não como antes, não como as contrações assustadoras daquela madrugada — mas um incômodo profundo, como se meu corpo inteiro estivesse em alerta.
Olhei para o lado.
Henry dormia sentado na poltrona, ainda com o jaleco por cima da roupa social. A cabeça caída para frente, os braços cruzados, as olheiras tão marcadas que pareciam pintadas.
Ele estava exausto.
E mesmo exausto, mesmo depois de ter enfrentado horas de medo comigo, ele não foi embora. Ele nunca ia embora.
Meu peito apertou — não de dor, mas de culpa. Porque quanto mais eu melhorava… mais eu sentia que alguma coisa fora daquele quarto estava piorando.
Eu sabia.
Eu sempre soube.
Eu sinto q