Matteo entrou na sala de reuniões com a postura firme de sempre. O salão era elegante, moderno, com paredes de vidro e vista para o centro financeiro da cidade. Sentados à mesa estavam alguns dos empresários mais influentes ligados à família Bianchi — homens que preferiam silêncio, controle e alianças previsíveis.
— Se a noiva fala mais que o herdeiro, talvez devêssemos tratar com ela — ironizou um deles, erguendo uma sobrancelha.
— Matteo, você está perdendo a mão — provocou outro, mais velho, cruzando os braços. — Essa garota vai te engolir.
O silêncio que se seguiu foi tenso. Matteo apenas se inclinou para frente, apoiando os braços na mesa.
— É melhor ser engolido por uma mulher com voz do que sufocado por covardes com medo dela. — O tom era gélido. — Quem está inseguro aqui… não sou eu.
Os homens se entreolharam, visivelmente desconfortáveis. Um deles pigarreou. O assunto mudou. A reunião começou com números, contratos, decisões.
Na saída, Matteo caminhava pelo corredor quando Al