Benedetta apareceu na tela da videochamada com a habitual calma glacial. O cabelo preso com perfeição, taça de vinho na mão, a iluminação elegante do escritório de sua casa emoldurando sua postura de rainha.
— Ela está virando rainha num tabuleiro que não era para ela — disse, sem rodeios, cruzando as pernas com a leveza de quem estava decidindo um destino.
Clarisse surgiu logo em seguida, a maquiagem impecável e o sorriso mais plástico do que nunca.
— Então, vamos lembrar ao mundo que ela é uma bastarda de aluguel — respondeu com veneno na voz.
— Destruir é desperdício. O segredo está em implodir devagar — Benedetta contra-argumentou. — Plantamos a dúvida. Deixamos o público decidir o resto.
A conexão oscilou um instante. Quando estabilizou, Valentina já estava na tela. Vestido curto, brilho nos olhos e um entusiasmo quase infantil.
— Eu tenho uma ideia — disse, batendo palmas. — E se… sugerirmos que o bebê é de um outro homem que podemos pagar pra existir?
Benedetta arqueou uma sobr