Matteo e Isadora chegaram em casa depois do jantar, o silêncio entre eles pesado e cortante. Assim que entraram no saguão da mansão, Matteo fechou a porta atrás dela com força, fazendo o som ecoar pelo mármore frio. Ele bloqueou a saída, o corpo tenso, os olhos em brasa.
— Você vai me dizer o que Don Fabrizio te falou. — A voz dele era baixa, mas cada palavra carregava a ameaça de explodir a qualquer momento.
Isadora virou devagar, cruzando os braços, o queixo erguido.
— Ele só repetiu as mesmas sujeiras sobre mim. Bastarda, que não deveria entrar na família Bianchi. Não é adequada. Nada novo.
— Não era isso o que aquele verme estava sugerindo no jantar.
— Na sua frente, claro. Quem respeita alguma mulher dentro desse meio?
Os olhos de Matteo estreitaram. Ele não acreditava nem por um segundo, e a raiva por terem falado dela vibrava sob a superfície, mesmo que ele não dissesse nada.
Ele avançou de repente, segurando o braço dela com firmeza — não o suficiente para machucar, mas deixan