Isadora chegou esbaforida ao ateliê, o coração martelando no peito. O salão era imenso e impecável, iluminado por luzes douradas que dançavam sobre catálogos abertos e manequins enfileirados. O cheiro sutil de flores frescas misturava-se ao perfume caro de Clarisse e Valentina, que estavam ali, sentadas lado a lado como duas rainhas prontas para o massacre.
— Até que enfim — Clarisse alfinetou, cruzando os braços e lançando um olhar cortante. — Nem pontualidade básica você consegue?
Isadora, sem perder a compostura, ajeitou a bolsa e respondeu seca:
— Atraso planejado pela sua filha. Espero que as próximas datas sejam marcadas com mais respeito da próxima vez.
Valentina fingiu sorrir, mexendo preguiçosamente no bracelete caro.
— Querida, estamos apenas tentando evitar que você passe ainda mais vergonha do que já carrega na bagagem.
A organizadora, visivelmente desconfortável, forçou um sorriso profissional e abriu um catálogo grosso.
— Bem, vamos então escolher o vestido perfeito para