Mundo de ficçãoIniciar sessãoNarrado por Victor
Era uma manhã comum. Isabela tinha saído cedo para uma reunião do grupo “Cicatrizes Visíveis”. Eu estava no quintal, revisando os últimos capítulos do livro, quando ouvi o som de um carro parando em frente à casa.Não era entrega. Não era vizinho. Era ele.Meu pai.Desceu do carro com a mesma postura de sempre: terno impecável, óculos escuros, expressão de quem nunca pede — só exige.Fiquei parado. O coração acelerou. As mãos suaram. Mas não me movi.Ele abriu o portão como se ainda tivesse direito. Como se a casa fosse dele. Como se eu fosse dele.— Bonita casa — disse, olhando ao redor. — Simples. Mas... funcional.— O que você está fazendo aqui?— Vim te buscar.A frase caiu como um soco.— Eu não vou voltar.— Vai sim. — Isso tudo já passou. — A mídia esqueceu. — Os advogados resolveram. — O nome da família está limpo.— Mas eu não estou.






