Onde o toque vira reverência e o prazer, uma declaração física
A noite caiu devagar, como se o tempo também soubesse que precisava desacelerar para eles. A casa à beira-mar respirava em silêncio, e cada vela acesa desenhava sombras nos cantos do quarto, como se a própria luz sussurrasse segredos antigos nas paredes.
Miguel entrou no quarto e a viu ali. Anyellen. Sentada no centro da cama, com os cabelos soltos, os olhos cheios de calma e as mãos repousando sobre o ventre ainda pequeno. A camisola de seda branca escorria pelos ombros, revelando mais do que cobria, mas o que mais o tocava… era a forma como ela o olhava.
Não era provocação. Era entrega.
E aquilo o desmontou.
Ele caminhou até ela sem pressa, como quem se aproxima de um altar. Sentou-se à beira da cama e pegou a mão dela. Beijou devagar cada dedo, cada dobra de pele, como se estivesse decorando o mapa de uma mulher que já era seu lar.
— Você está linda — ele disse, rouco. — Mas mais do que isso… você está inteira. Radiante