Anyellen se apoiou na pia de mármore claro, os olhos fechados e a respiração pausada, enquanto o mundo girava num ritmo lento demais para o coração que acelerava dentro dela.
Não era cansaço.
Não era ansiedade.
Era algo mais… conhecido.
Mas também novo.
Na prateleira, o teste esperava.
Duas listras.
Duas.
Ela sorriu. Não de susto. Não de choque.
Mas daquele sorriso que nasce no canto da boca e inunda os olhos com lágrimas calmas — daquelas que não machucam, só confirmam.
Sim.
Um segundo filho estava a caminho.
E, diferente da primeira vez, o medo não veio.
Veio a paz.
Veio a memória do parto de Noah.
Veio a lembrança da mão de Miguel apertando a sua.
Do beijo na testa.
Do choro emocionado.
Veio a certeza: eles estavam prontos.
Porque agora, não era mais sobre sobrevivência.
Era sobre construção.
Miguel entrou devagar, notando o silêncio.
Os olhos se encontraram antes das palavras.
Ela não disse nada.
Apenas estendeu o teste para ele.
Miguel pegou o objeto com cuidado, como se fosse fe