“O corpo dela tremia, mas não era medo… Era o instinto gritando que ele viria. E ele veio.”
A corrente fria que prendia os tornozelos de Anyellen parecia cada vez mais apertada.
Não era apenas metal. Era o medo travestido de silêncio, era o nojo de estar ali, exposta, encurralada…
E com ele.
Caio.
O homem que um dia fingiu ser amigo da ONG, o sócio oculto de interesses sujos, agora era apenas um vulto doentio de obsessão e controle.
— Você não entende, Anyellen…
A voz dele escorria como veneno por entre os dentes.
— Eu não quero te machucar. Eu quero te ter. Só isso. Eu sou o único que sempre te viu de verdade. Desde o início.
— Você não sabe o que é ver alguém.
Ela sibilou, a voz cortando o ar como uma navalha fina.
— Ver alguém é respeitar. É não tocar sem permissão. É amar sem aprisionar.
Caio riu, um som amargo e doente.
— Ele fez a sua cabeça. O seu CEOzinho de fachada, cheio de dinheiro e promessas baratas. Mas sabe o que ele nunca vai ser? O homem que te salvou. Porque eu e