A viagem para São Paulo, a terceira em sua história compartilhada, foi um reflexo de sua própria evolução. A primeira fora uma fuga solitária para a humilhação. A segunda, uma incursão estratégica em território inimigo. Esta, a terceira, era uma procissão triunfal.
Eles viajaram como uma família. O jato particular, antes um símbolo do poder intimidador de Dante, agora era um parquinho nos céus. Lúcia, a avó, embalava a pequena Lúcia em seus braços, cantando canções de ninar em voz baixa. Ricardo, o tio orgulhoso, era o responsável por entreter Léo com um livro de colorir e uma infinidade de imitações de animais. E no meio daquele caos feliz, Helena e Dante sentavam-se lado a lado, de mãos dadas, trocando olhares que continham volumes de amor e cumplicidade. A guerra havia sido vencida, e agora, eles viajavam para a celebração da paz.
A noite de abertura da exposição "A Anatomia da Pedra" foi o evento mais concorrido da temporada de artes de São Paulo. A galeria FGM estava abarrotada d