A manhã seguinte em São Paulo foi clara e nítida, a cidade estendida sob um céu sem nuvens. Na suíte do hotel, a atmosfera era leve, quase efervescente. A tensão da batalha da véspera havia se dissipado, deixando para trás o brilho da vitória e uma intimidade solidificada. Enquanto Helena arrumava sua pequena mala, Dante estava em uma chamada de vídeo, e pela primeira vez, ela o ouviu rir durante uma conversa de negócios.
— Não, Inácio, não vamos processá-la por difamação — dizia Dante, um sorriso divertido nos lábios. — Na verdade, acho que vou pessoalmente financiar o retrato dela. Mande flores para Valentina Lancaster em meu nome, com um cartão dizendo: "Mal posso esperar pelas sessões. Atenciosamente, a patronagem."
Helena balançou a cabeça, rindo. Ele não estava apenas vencendo; estava se divertindo, jogando o jogo com uma nova criatividade, uma nova audácia que aprendera com ela.
Quando ele desligou, ela o olhou, uma sobrancelha arqueada.
— Financiando o retrato dela?
— É o movi