O dia passou mais rápido do que Helena imaginava. Respondeu e-mails, leu relatórios, preparou um cronograma para a semana seguinte. O retorno ao trabalho era só na segunda-feira, mas ela sabia que precisava reorganizar a rotina, colocar a cabeça em ordem.
Ainda era fim de tarde quando ouviu a notificação do celular.
— Já saí do trabalho. Posso passar aí para te buscar? Arrume umas roupas para o fim-de-semana.
Era Arthur.
Helena sorriu sozinha, sentindo o corpo inteiro relaxar.
— Pode sim. Estarei pronta te esperando. — respondeu, sem perguntar para onde iam.
Menos de meia hora depois, ele estava ali. Vestia camisa clara, os cabelos um pouco bagunçados pelo vento. O sorriso discreto apareceu assim que ela abriu a porta.
— Pronta? — ele perguntou, apenas.
Ela assentiu, pegando a bolsa e uma sacola com algumas roupas que separou.
O trajeto até a cobertura foi silencioso, mas não desconfortável. Helena reconheceu as ruas, os bairros atravessados, e então entendeu: ele estava levando-a par