Por um instante, fiquei completamente desconcertada. A última vez que estive rodeada de tantas mulheres foi em um lugar hostil, sufocante, cheio de regras, medo e submissão. Agora, tudo era diferente. Mulheres riam, brincavam, bebiam, viviam uma liberdade que eu nunca pensei que pudesse conhecer. Um choque de realidade percorreu meu corpo, mistura de fascínio, incredulidade e uma pontada de ansiedade.
E, mesmo entre risos e taças tilintando, eu sentia cada detalhe daquela liberdade como se estivesse me queimando por dentro. Cada gesto delas, cada olhar despreocupado, me lembrava do quanto minha vida tinha sido limitada… e do quanto eu ansiava secretamente por isso.
— Prove isso! — Natasha falou, a voz cheia de entusiasmo e travessura.
Peguei o copo que ela me ofereceu, sentindo o frio da bebida escorrer pelos meus dedos. Levei à boca, e o líquido queimou minha garganta com força, mas depois deixou um gosto frutado, doce, inesperado. Um arrepio percorreu meu corpo, e eu senti algo