Luka se aproximou, tão perto, e os lábios dele encontraram os meus. O beijo não era apressado nem exigente; era paciente, suave, mas cheio de algo que eu não sabia nomear, algo que derretia os anos de medo que eu carregava. Meu corpo tremia, não de vergonha, mas de alívio, por ter alguém que finalmente me aceitava inteira, sem pedir nada em troca.
— Pode andar pela casa, conhecer tudo — disse ele, afastando-se apenas o suficiente para que eu pudesse respirar. — Preciso resolver algumas coisas com o Alexei.
Ele fez uma pausa, os olhos fixos nos meus, e depois apontou para um cômodo adjacente: — O banheiro é por ali. E tem um closet, com algumas roupas que escolhi para você. Tudo do seu tamanho.
Senti um calor subir pelo meu peito. Ele não apenas me acolhia, mas também pensava em mim de uma maneira que eu nunca conheci.
— Prometo que não vou demorar — continuou, com um sorriso leve. — E duvido muito que você fique sozinha com minha irmã em casa. Mas quero que descanse, tome um banho