— Você é esquizofrênico, Roberto?
Ele havia se casado com ela apenas por vingança, e agora falava de um amor eterno e profundo. Carolina começava a acreditar que aquele homem tinha, de fato, algum problema na cabeça.
— Hum, talvez sim. É por isso que quero que você experimente um pouco o mundo da esquizofrenia. — Disse Roberto, após o jantar, conduzindo-a para um passeio em um “carrinho de brinquedo”.
O veículo parecia minúsculo por fora, mas era espaçoso o suficiente para que os dois se sentassem lado a lado. Lembrava aqueles carrinhos de parque de diversões para crianças, só que com pneus enormes, quase como os de um jipe de trilha.
Quando começaram a rodar, Carolina logo percebeu que o ditado “não julgue pelas aparências” não servia apenas para pessoas, mas também para coisas.
Aquele carrinho, que parecia um brinquedo gigante, na verdade era surpreendente: firme, estável e veloz. Pelas ruas, podiam observar a paisagem com tranquilidade.
Roberto não dissera para onde iam, mas Carolin