Quando Carolina desceu na manhã seguinte, encontrou apenas a empregada. De Roberto, nem sinal.
Ele também não voltara na noite anterior. Para onde teria ido, ela não sabia. Provavelmente, estava com Fernanda.
Depois de uma noite para esfriar a cabeça, Carolina via muitas coisas com mais clareza.
No que dizia respeito a Fernanda, sua consciência estava limpa.
Quanto aos que preferissem pensar o pior, que pensassem. O que lhe restava era encarar tudo de frente.
Como diz o ditado: “Quem não deve, não teme.”
— Bom dia, Sra. Carolina. — Cumprimentou a empregada, com respeito.
— Bom dia. — Respondeu ela, com um aceno de cabeça.
Sem pensar muito, perguntou:
— E o Roberto?
Afinal, aquele era o território dele. Para ela, ele era o único rosto conhecido ali. E, embora não quisesse admitir que desejava sua presença, a verdade é que ele lhe passava uma certa segurança.
Talvez fosse porque crescera sem os pais por perto, Carolina sempre tivera uma carência profunda de segurança. Quando alguém lhe f