Seguindo a indicação de Ana, Carolina avistou a mulher de quem a sogra falava: era Tatiane.
As palavras de Ana a fizeram rir, e um calor suave tomou conta de seu coração.
Na maioria das famílias, sogras guardavam ressentimento contra o passado das noras, principalmente quando envolvia ex-mulheres de seus filhos. Mas Ana era diferente. Não apenas não demonstrava incômodo, como ainda alertava Carolina a tomar cuidado com a esposa do seu ex.
Ana puxou a mão da nora com leveza.
— Essa mulher mal chegou e já faz de tudo para chamar atenção.
O desprezo que sentia por Tatiane estava estampado em seu rosto.
— Mamãe, eu sei. Pode ficar tranquila. — Respondeu Carolina, piscando o olho em tom brincalhão.
— Se alguém ousar fazer algo contra você, venha direto a mim. Eu estarei sempre do seu lado, minha filha. — Disse Ana com firmeza.
Carolina sentiu um vazio antigo dentro de si ser, de repente, preenchido por aquelas duas palavras tão naturais.
— Vá aproveitar. Hoje tem muita coisa boa para comer.