O sol  atravessava as cortinas leves do quarto de Elena, enchendo o ambiente com uma luz dourada e calma.
 A menina brincava no tapete com blocos de madeira, inventando castelos e torres, enquanto Frank a observava em silêncio.
 Havia ternura em seus olhos — e uma sombra de tristeza que não conseguia disfarçar.
Dona Lúcia o observava da porta, o semblante sereno, mas o olhar cheio de intenções.
 — Essa menina transformou você, Francesco — disse com um leve sorriso. — Está mais calmo… mais humano.
Frank sorriu, sem tirar os olhos da filha.
 — Ela é tudo que eu tenho, mãe. E eu não vou permitir que Elena cresça sem a mãe.
O sorriso de Dona Lúcia desapareceu.
 Ela entrou no quarto lentamente, os passos ecoando no chão de mármore.
 — Francesco… — começou, em tom de aviso — não é simples enfrentar seu pai e Martin. Eles têm olhos em todo lugar.
— Eu sei — respondeu Frank, firme. — Mas eu não vou desistir.
Dona Lúcia suspirou, cruzando os braços.
 — Filho, não mexa com isso. Elena está bem a