O salão inteiro silenciou quando o mestre de cerimônias anunciou com voz firme e solene:
— Senhoras e senhores, a dança dos noivos!
Martin se levantou da mesa dos noivos com elegância impecável. Ele estendeu a mão para Rose, com um sorriso sereno, quase hipnótico. Ela hesitou por dentro, mas manteve a postura altiva. Não havia como recusar. Segurou a mão dele e juntos caminharam até o centro do salão, sob os olhares atentos de toda a família DeLuca, aliados da máfia e políticos convidados.
A música começou — uma canção suave, romântica, carregada de tradição italiana. Martin a puxou para perto, tão perto que Rose sentiu o perfume dele: fresco, cítrico, aromático… tão diferente do cheiro intenso, quase selvagem, que sempre a fazia lembrar de Frank.
Martin se inclinou e, com a boca próxima ao ouvido dela, sussurrou com voz grave:
— Você dança bem… é leve nos meus braços. Quem te ensinou?
Rose engoliu em seco. Não conseguiu disfarçar a emoção ao responder baixo:
— Minha mãe…
Martin sorriu