Na manhã seguinte, Rose se levantou cedo, ainda com o coração acelerado pelo peso do que carregava dentro de si. Inventou uma desculpa para a governanta e, com um jeito delicado, conseguiu convencê-la a não acompanhá-la até o consultório. Precisava estar sozinha. Precisava ouvir a verdade sem testemunhas.
No consultório, o doutor Enzo Bellini a recebeu com aquele mesmo ar sereno. Depois de analisar os exames, fez uma pausa, ergueu os olhos para ela e disse com suavidade:
— Senhora DeLuca, não há dúvidas. A senhora está grávida.
Rose sustentou o olhar dele, forçando um sorriso frágil. O coração parecia querer explodir no peito. Fingiu naturalidade e perguntou:
— Quanto tempo… o senhor acredita que eu estou?
O doutor inclinou a cabeça, consultando os papéis em sua mesa.
— A ultrassonografia é mais precisa, mas, pela sua última menstruação, você está há um pouco mais de um mês. Podemos marcar o ultrassom para você e seu esposo assistirem juntos.
Rose respirou fundo, disfarçando a pontada