Rose abriu lentamente os olhos. A luz da manhã atravessava as cortinas de tecido pesado, iluminando os detalhes dourados da mobília e o espelho imponente em frente à cama. Ela se levantou devagar, mas logo sentiu uma pressão estranha na cabeça. Dor de cabeça. O estômago parecia revirar em ondas.
Com passos incertos, arrastou-se até o banheiro de mármore branco. Sentou-se, fez xixi e, ao olhar para o calendário mentalmente, seu coração parou. As contas não batiam. Sua menstruação… estava atrasada. Quantos dias? Ela respirou fundo, tentando se lembrar dos últimos acontecimentos: o sequestro, o sofrimento, a dor do dedo amputado, a fuga, a despedida dos DeLuca, a chegada à Alemanha… Tanta coisa havia acontecido que ela havia se esquecido completamente desse detalhe.
Um suor frio correu por sua nuca.
— Meu Deus… — murmurou, levando as mãos ao rosto. — Não pode ser…
O pensamento martelava: estou grávida.
E com ele, o desespero.
Rose se apoiou na pia, tentando respirar. O reflexo no espelho