Nos braços de Martin, Rosalie parecia uma boneca frágil, o corpo abatido, os olhos semicerrados. O vestido de noiva, agora em farrapos, pendia no corpo como uma lembrança cruel do dia que deveria ter sido o mais feliz da sua vida. O contraste do branco rasgado contra a pele marcada pela dor era quase insuportável de olhar.
Dona Lúcia correu até a entrada da mansão, com as mãos trêmulas, sem forças para se aproximar de imediato. Ao vê-la, desabou em prantos, ajoelhando-se ao lado de Rose, beijando seu rosto com desespero, enquanto o rosário caía de suas mãos e se espalhava pelo chão de mármore.
— Não foi isso que eu prometi para sua mãe — com arrependimento.
Atrás dela, Ana, a empregada mais antiga da casa, surgiu apressada com uma bacia de água morna e toalhas limpas.
— Rápido, levem-na para o quarto! — ordenou Dona Lúcia, a voz embargada e firme.
Martin subiu as escadas com Rosalie nos braços, como se carregasse a própria vida. Frank vinha logo atrás, atento, os olhos faiscando em c