Minha mão tremia, o peito apertado. Raiva e desespero se misturavam e as lágrimas começaram a escorrer.
Aurora se mexeu dentro de mim, e meu coração apertou ainda mais. Queria que minha filha não sentisse nada disso, mas não podia controlar meus próprios sentimentos.
Cada mensagem parecia cutucar feridas abertas. O travesseiro ao lado estava vazio, e o silêncio da mansão, antes seguro, agora parecia pesado demais.
O som da porta do banheiro se abriu e o ar frio do corredor entrou no quarto.
Arthur surgiu, toalha na cintura, o cabelo molhado bagunçado, os ombros largos brilhando sob a luz da tarde. Ele parou, olhando para mim, e eu percebi que ainda não sabia nada sobre as mensagens.
Segurei o celular na frente dele, as fotos e mensagens piscando na tela.
— Por que isso está aqui, Arthur? — minha voz se quebrou. — Por que você está com ela? E essas mensagens… quem está me provocando assim?
O rosto dele mudou imediatamente, confusão, surpresa, preocupação.
— Helena… espera, deixa eu e