Damian
Ronan chegou com o rosto tenso, laptop em mãos e o olhar que diz tudo sem precisar de palavras.
— Achei.
Na tela, a sequência de logs piscava em vermelho, micro apagões, minutos exatos, repetição de padrão. No topo do relatório, um nome que não devia estar ali.
KADE.
Agente recém-integrado, recomendado por uma empresa parceira. Eu devia ter confiado mais no instinto do lobo, ele já rosnava há dias.
Caminhei pelo corredor estreito até o setor de manutenção, o som das botas ecoando. O cheiro de metal e óleo. Encontrei Kade encostado na parede, o comunicador no bolso, tentando parecer distraído.
— Kade — chamei.
Ele se virou, rápido demais.
— Senhor?
Estudei o rosto dele. Jovem, firme, o tipo que se mistura bem nas sombras.
— Você tem algo pra me contar?
— Não, senhor. Apenas finalizei os turnos de ronda.
Fiz um leve aceno.
— Interessante. — Dei um passo à frente. — Porque o sistema de câmeras sofreu apagões exatamente quando você estava no turno.
A expressão dele endureceu por u