Amara
Damian me ergueu contra a porta, os dedos marcando o caminho com precisão.
— Fala comigo — murmurou.
— Eu estou aqui. — E eu estava, inteira.
O ritmo começou lento, se firmou com o nosso nome preso entre dentes, ganhou força no exato ponto em que o meu corpo pediu. O laço vibrava, abrindo e fechando com o meu comando, até que a energia queimasse no lugar certo e entre nós não houvesse ar, só pele, língua, respiração.
— Me olha. — Ele segurou meu queixo, e eu obedeci.
O prazer veio em duas ondas. Na primeira, eu quebrei no peito dele, e ele me segurou forte para o mundo não cair. Na segunda, fui com ele, e senti o lobo se ajoelhar dentro do homem, sem vergonha.
Quando o silêncio bom voltou, ele me deitou no sofá, ainda me cercando como se o perigo estivesse batendo à janela. A mão dele pousou sobre meu coração e ficou ali, firme.
— Eu vou matar quem ousar tocar na minha Luna — disse, sem gritar, como quem dá uma ordem ao universo. — Um por um. E vou fazer devagar, para que a cida